sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

2011


repleto de luz, de transparência, de abraços, de sorrisos, de amor, de paz, de alegria e de muitas realizações!!

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Sobre o que fazer quando não se sabe o que fazer.


E se um dia eu sabia o que queria e a pergunta era "O que eu faço agora?", era quase sempre no sentido de "o que preciso fazer agora para conseguir o que quero?". Hoje a pergunta é a mesma, mas num sentido um tanto diferente...
`Perguntei a mim mesma um "What's next" em voz alta, ao que o Felipe respondeu que (como diria nosso mais novo amigo suiço) não devia me preocupar com o futuro, pois o que importa mesmo é o presente.
Ué, mas eu preciso saber o que eu quero do futuro, pra saber o que eu faço do meu presente! Não é? Então fica a pergunta...
O que eu faço agora?







PS: Depois de escrever o texto aproveitei o clima de "reveillón em breve" para fazer a famosa lista de "resoluções para o ano de 2011". Um bom começo para começar a responder a pergunta que fica, eu acho.

A verdade de cada um.

A única verdade verdadeira é aquela que é compartlihada.
O casal mora separado, não cada um numa casa, mas cada um numa cidade. Ainda assim são um casal, e ela sempre o visita. Ele o visita menos, porque ele mora sozinho e ela, não. Um dia ele foi para a cidade dela, eles tinham combinado de ficar num hotel. Escolheram o lugar, acertaram data, horário e cardápio, tudo certo. Chegaram no tal hotel, lotado. Eles não tinham feito reserva!
Para ela era lógico que ele faria a reserva, ele que era o viajante, ele quem iria pagar...
Para ele era óbvio que ela faria a reserva, pois não ficava o hotel na cidade dela? Ela só precisava fazer uma chamada local. Ele, que trabalhava o dia inteiro e tinha tanta coisa na cabeça, ainda tinha que lembrar de ligar interurbano do celular e fazer reserva de hotal?? Óbvio que não.
E assim, o que era lógico pra ela e o que era óbvio pra ele eram duas coisas bem diferentes. Ficaram os dois sem reserva, sem quarto, sem hotel, todos os hotéis da cidade resolveram lotar naquele dia. Restou-lhes um único cafofo fedendo a cigarro num hotelzinho velhinho de beira de estrada...
Porque a verdade é relativa, mais relativa que o tempo, que nem existe... A verdade minha e a verdade tua só podem ser a verdade nossa quando expressamos cada uma em alto e bom tom, mesmo que ela venha por vezes atravessando a garganta seca e os olhos úmidos... Só assim, doída, mas falada, podemos ter a certeza de conhecer uma só verdade - a verdade verdadeira, porque comum.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Cenas Improváveis

1
Três rapazes vêm rebolando pela calçada. Uma mãe sentada na parada de ônibus olha para a filha de 11 anos rindo, e diz "olha quem vem aí". Parece que conhecem os rapazes. Eles passam falando de babados fortíssimos. A filha só observa. A mãe olha e ri em tom de deboche, e balança a cabeça para a moça que está sentada ao seu lado.
"Não é ser preconceituoso não, mas é esquisito", diz ela para a desconhecida.
"Dá até medo de ter filho homem...", responde a outra.
"e vice-versa, né, porque com mulher também acontece!"
"é mesmo.."
"Deus abençoe nossos filhos..."
E todas voltam a se preocupar com o ônibus que não chega nunca.


2
Como sempre, a menina entra no ônibus a caminho do trabalho, cumprimenta o motorista e então o cobrador, com um "boa tarde" animado. O cobrador não responde, e olha para a nota de vinte reais e a carteira de meia-passagem.
"Não tem trocado?"
"Não tenho..."
"Então a senhora vai ter que descer na próxima parada.", diz o cobrador, puxando a cordinha.
"O quê? Como assim?"
A próxima parada chega. Várias pessoas sobem no ônibus formando uma fila pra passar na roleta.
"Desça aqui, senhora."
"Mas moço, eu tenho que ir pro traba..."
"Desça, senhora." diz ele, apontando para a porta entupida de gente.
"...eu não sei quando o próximo vai pass..."
"Desça agora!"
O motorista quer arrancar, o cobrador chama, dizendo pra ele esperar.
"Desça agora, senhora."
"Eu tô esperando abrir espaço!" diz ela, quase chorando. "Licença, o moço tá com pressa."
As pessoas dão passagem pra ela descer do ônibus, ela nem viu se os rostos concordavam ou não com o ridículo/absurdo que acabara de ocorrer.



3
Um garotinho segurado pelas mãos brinca na escada da porta de saída do ônibus. A parada chega, a porta se abre, ele quase cai. A mãe que segurava as mãos dele apressa pra ele descer logo. O degrau é maior que as perninhas dele, e ele quase cai e ela quase cai junto.
"Filho da puta!" ela grita pra ele.
"Olha o Papai Noeeeel!" exclama o pequeno, olhando pra decoração na fachada do Shopping.





Não tenho como provar, mas tudo isso aconteceu mesmo.