sábado, 30 de julho de 2011

Curiosidades

* Na Alemanha, ao comprar um ingresso para o teatro, ou para um concerto, um show, algo assim, o ingresso te dá direito a usar "de graça" os meios de transporte públicos para ir e voltar do evento.

* Em alguns museus você pode "alugar" banquinhos dobráveis, para carregar durante seu passeio por entre os quadros e esculturas. Assim, poderá sentar quando quiser, onde quiser, seja pra observar as obras mais atentamente, seja simplesmente pra descansar no canto enquanto espera o guia terminar o enorme discurso sobre o quadro de Van Gogh.

* Na Holanda é tradição comer comida chinesa bebendo cerveja. Tipo filé com fritas, combinação perfeita.

* Nos restaurantes bávaros há pratos feitos exclusivamentes para o sexo masculino.

* Se você oferecer seu lugar no ônibus ou no trem a uma velhinha, ela vai saltitar de felicidade e agradecer infinitamente. Não só porque é um gesto legal, mas também porque é raro. Hoje me contaram uma cena interessante. Metrô de Munique, todo tipo de gente. Por exemplo, boyzinhos intelectuais e Punks barulhentos. Um velhinho bem velhinho, de andador e tudo, entra no trem lotado. Os boyzinhos olham, olham, e voltam a ler. Os punks param com a barulheira e, na mesma hora, oferecem o lugar para o velhinho sentar. O velhinho, surpreso, aceita sorridente o gesto de gentileza. E os punks incluem ele na conversa, e os boyzinhos continuam a ler.

* No curso de Geografia na Universidade de Munique tem "Política do Brasil" na grade curricular. Eles discutem no curso, por exemplo, os horrores que os brasileiros fizeram e ainda fazem com a floresta amazônica.

* Toda quinta-feira, num tradicional Biergarten em Munique, tem uma festa onde só toca forró.

* Forró em húngaro significa fogo.

* Em Munique tem um bar chamado Ver-o-Peso, e outro chamado Buena Vista, e, se eu não me engano, ambos tem donos portugueses.

terça-feira, 26 de julho de 2011

Marienplatz, centro de Munique.

Solzinho na varanda da sala de aula.

Macacada reunida.

Prost! na cervejaria mais famosa da Alemanha. (bebendo Coca-Cola, claro)

LangLang embaixo de chuva. (olha ele ali no telão)

Pegando chuva no concerto Open Air do Lang Lang.

Na Odeonplatz, mesmo lugar onde aconteceu o concerto!!

Em Murnau, passando frio no verão da Bavária. =)

Resquícios da chuva gelada que quase nos pega no caminho.

Na frente da casa de Wassily Kandinsky e Gabriele Münter, artistas revolucionários do Expressionismo na Alemanha.

Glück

Segunda-feira.

Nossa tarefa hoje foi de novo às ruas de Munique. Desta vez, a missão era montar um filme sobre o poema "Was ist Glück", traduzindo, "O que é felicidade?" (Glück significa, na verdade, felicidade e sorte ao mesmo tempo).

Nosso grupo resolveu realizar um antigo sonho meu: sair na rua e perguntar às pessoas que passassem essa perguntinha pequenininha, mas, de certa forma, bem assustadora.

Gravamos as respostas e colocamos no vídeo, como fundo musical para as fotos que fizemos, símbolos singelos de felicidade: um sorvete, um balanço, um cachorro dormindo, pés de criança sujos de areia.

As respostas foram as mais variadas possíveis, vindas de pessoas das nacionalidades mais variadas possíveis: Angola, Estados Unidos, Sérvia, Ungária, Polônia...

Enjoy!


"Felicidade é quando fica quente de novo e o sol brilha."

"Ter paz no coração."

"No momento, felicidade pra mim é voltar pra casa."

"Não é dinheiro, não é ser famoso, é ter tranquilidade lá dentro."

"Ter saúde. Todo o resto se ajeita, mas isso é essencial."

"Felicidade? Sei lá... É quando os hormônios saltam, e alguma coisa acontece, que a pessoa tem que sorrir."

"Um sorvete num dia quente."

"Felicidade é passar um dia em Munique, e sentar num parque com sua pessoa preferida, e ser agradecido por estar vivo."

"Felicidade pra mim é viver a vida do jeito que eu quero, e aproveitar isso de todos os jeitos."

"É perceber tudo, perceber a si mesmo, perceber o que está ao redor."

Todos os sentidos.

Hoje recebemos a tarefa mais interessante do curso. O tema era um livro que conta de um garoto que, no dia do aniversário de 14 anos, decide que quer como presente três dias e duas noites sozinho em Munique. Os pais não deixam, mas ele vai mesmo assim. Com cinquenta euros no bolso, ele sai pela cidade sozinho, e o livro reune a paisagem de Munique muito bem descrita e a narração de um romance inusitado, entre este menino e uma menina cega que ele conhece na estação de metrô.
Nós saímos pela cidade em grupos de quatro, com 10 euros no bolso e uma missão: descrever, detalhadamente, tudo que nossos órgãos dos sentidos nos diziam. Os sons, os cheiros, os gostos, as imagens... E, quando possivel, fazer relação com alguma passagem do livro.
Foi mega divertido, e nossa apresentação foi a mais divertida de todas. Incluindo a encenação da nossa visita a uma loja de produtos ortopédicos, onde o Anthony interpretou um banco que chacoalhava (e eu sentada em cima dele), além da cena do restaurante onde almoçamos, onde o Anthony interpretou a mesa bamba que escolhemos para almoçar, e eu interpretei o garçon que usou um descanso de cerveja para fazer a mesa parar de balançar.
Na frente de uma igreja, vimos uma professora de alemão com um grupo de estrangeiros. A professora parou, virou pra eles e perguntou "e como se diz isso em alemão?", e os alunos, meio incertos, responderam "Kirche", e então todos seguiram adiante.
Tudo muito bem percebido e anotado, no final do dia estávamos todos muito bem treinados a perceber todos os aspectos de Munique, em todos os sentidos. =)

München, 22/07/11


Instruções para realizar a próxima tarefa.


Tarefa: Observar atentamente tudo ao redor.

Fazendo anotações durante o almoço.

Apresentar nossas observações.

Nossa apresentação.

Observação mais interessante do dia. Acreditem ou não. Este homem tem nas mãos nada menos que... um livro.

Sobre fins e desejos realizados.

Alemão e inglês podem ser bem parecidos. Atenção: eu disse podem, e não são. "Possibilidade", por exemplo. Em inglês, "possibility". Em alemão, "Möglichkeit". Uma daquelas palavras que quem não sabe nada de alemão precisa ouvir antes de falar.
Mas "fim", por exemplo, palavra latina super parecida com suas correspondentes em tantas línguas, em inglês é "end". Em alemão, "Ende".
Voces sabem o nome do autor do livro (que inspirou o filme) "A História sem Fim"? Um autor alemão chamado Michael Ende.
Ele escreveu inúmeros outros livros, os quais eu sempre quis ler e nunca os encontrei. Mas na terça-feira (ou quarta?) eu visitei uma biblioteca infanto-juvenil em Munique (a maior do mundo!), e eles não só tinham todos os exemplares como tinham uma sala onde se encontra o "Michael Ende Museum". No final da visita, ganhei um livro dele de presente. E quando fui à livraria tentar comprar (todos?) os outros, só encontrei "A História sem Fim"....
Bom, ontem no curso eu ganhei uma mini-apostila com 44 perguntas que o Michael Ende faz aos leitores em um de seus livros. Uma delas pergunta algo como "você já reparou como cada pessoa tem, ao longo de sua vida, no mínimo três desejos realizados por uma bondosa fada?"
Achei a idéia mó legal.
Bom, hoje fizemos um Workshop com uma professora de teatro, foi bem interessante. Tô meio sensível hoje, todas as atividades que fizemos me fizeram chorar, e foi bem difícil controlar/esconder.
Depois que o Workshop acabou (umas 17h) fomos (algumas pessoas do grupo) para um café vienense, e eu fiquei por lá, no café, mesmo quando os outros foram embora. Às 19h30 teríamos que voltar ao teatro, e o combinado era que o Doug e o Anthony voltariam em tempo de me buscar. Mas lá pelas 18h45 eu resolvi que queria me perder um pouco pela cidade (estávamos bem no centro, na parte mais bonita de Munique, e o sol brilhava, o que não acontece todo dia). E então mandei uma SMS para o Doug avisando.
Bom, pelo visto a fada que o Michael Ende mencionou não entende nada de metáforas. Meu desejo foi atendido, me perdi de verdade e cheguei meia hora atrasada onde deveria chegar. =P~

München, 21/07/11


Na Biblioteca Infanto-Juvenil.

No café vienense

Diferenças entre o alemão falado na Áustria e o falado na Alemanha.


domingo, 17 de julho de 2011

Niedebayern: assim se chama essa parte da Alemanha, onde a Marlies mora. É na Bavária, bem no sul, e ela mora numa cidade a duas horas de Munique (com o trem), chamada Landshut. E o mais incrível é que ela nao mora no centro de Landshut, mas tipo mais uma hora de carro, em alemao se diz "auf dem Land", quer dizer, nao na cidade. Tem gente que traduz como interior, mas só porque nao tem traducao melhor. Basta de dizer que aqui é a Alemanha e onde a Marlies mora nao pega celular. Nenhum.
Gente, aqui é IN-CRÍ-VEL. A Marlies e o Lorenz simplesmente moram numa casa que era uma ESCOLA. A casa tem 14 quartos, se eu entendi o número direito. É gigantesca, tem um jardim divino lá fora, cheio de flores lindas, com uma pereira (primeira vez que vejo uma pereira - e ainda cheia de peras!!!) e uma fonte, e um sol lindo com céu azul durante o dia e velas espalhadas pelo jardim e uma lua cheia durante a noite. Uma coisa assim, quase indescritível, de tantos adjetivos que eu ia precisar pra descrever.
Hoje fomos fazer picnic num lago mais ou menos perto daqui. Lá tem ski aquático, e todo mundo senta (na grama) ao sol, e toma banho, e faz picnic. É lindo!!!
Estamos eu, Raquel, Maya e Maria, uma quase-filha da Marlies (oh mulher pra ter quase-filhos espalhados pelo mundo!!!) que mora em Munique e que ela nao via há mais de 10 anos. Nós quatro somos as visitas, e ainda tem o Mathias, filho da Marlies e do Lorenz, que também passou o dia conosco. No picnic também tinham o Uwe e a esposa dele, cujo nome não tô lembrando... O Uwe foi com o Lorenz de bicicleta para o lago, eles demoraram mais ou menos umas três horas pra chegar lá, eu acho. Chegando lá, o Uwe atravessou o lago inteiro nadando e voltou (o lago é enorme). Aí, enquanto nós comíamos tomate, queijo, päo, salada com um tipo de cogumelo tipico daqui essa época e melancia, ele comeu... duas maçãs. =O

Depois coloco as fotos!


domingo, 10 de julho de 2011

Ostsee

Sol forte, pras medidas da Alemanha. Vento não-tão-forte, pras medidas das praias da Alemanha. Muitas pessoas peladas, muitas cestas-cadeiras coloridas, muitas, muitas pedras sortidas na areia, muitos carros no estacionamento e muitas pessoas, adultos, velhinhos e crianças curtindo o tempo bom, o sol quentinho, coisa rara nesse verão...
Água super gelada, águas-vivas que não queimam, barcos à vela, já mencionei as pessoas peladas? Pois é. Um frescobol com bolas e raquetes pequeninas, uma Diana super gripada e... ah, e silêncio. Muito silêncio.

Coisas que só se vê aqui.


















sábado, 9 de julho de 2011

Rad fahren

Finalmente eu consegui fazer o caminho de bicicleta de Rahsltedt até o Alster. Rahlstedt é o bairro onde eu morei e Alster é o lago que fica no centro de Hamburgo. Tem um caminho que só dá pra fazer de bike, que passa por parques lindos e segue um riozinho que dá todo o charme pro caminho. Dura mais ou menos uma hora e meia, e nós fizemos em duas horas, considerando que paramos por meia hora no Spielplatz (que é como chamam aqueles espaços com brinquedos, tipo uma pracinha) pra Felia não morrer de tédio. =D
A Flávia foi uma ótima guia, e eu estraguei tudo tentando chegar na parte do Alster que eu já conhecia, mas que não sabia como chegar de bicicleta. =P
Quando deu umas duas da tarde, resolvemos nos render e admitir que estávamos perdidas. Então sentamos no primeiro restaurante que apareceu pela frente e almoçamos. A Manuela pegou a Felia de carro e nós duas continuamos o caminho de bicicleta (carregando as bicicletas escada acima e abaixo de uma estação de metrô pra outra, claro.)
Graças ao maravilhoo transporte público bem mapeado de Hamburgo, conseguimos nos achar rapidinho, e passamos maravilhosos 15 minutos deitadas na grama do meu bom e velho Alsterpark, que já acomodou tantos picnics com tantas visitas ilustres.
Infelizmente tivemos que sair de lá correndo, pois lembramos que só se pode levar bicicleta no metrô até as 16h, e depois das 18h. Já eram mais de 15h40, mas depois de uma pedalada radical, de uma Diana arfando no metrô pra Farmsen e de mais uma pedalada radical rumo a Rahlstedt, chegamos em casa às 17h ou antes, a tempo de ir com a Familie pro Grossensee (de carro, é logico) curtir um pôr-do-sol divino em frente ao lago, jantando e conversando (e pegando um bronze num lado só do rosto) até o sol quase sumir, ou seja, lá pelas dez da noite.
É bem estranho esse negócio de chegar numa cidade que tem sol até tão tarde. Apesar de ser ótimo, é bem confuso e eu sempre acho que é mais cedo do que realmente é, o que resulta numa grande frustração quando eu planejo sair às nove e voltar à meia-noite. Hoje eu estava com esse plano na cabeça. Mas enquanto sentávamos no jardim depois do jantar e falávamos sobre a viagem deles pro Brasil ano que vem, disse à Flávia que sairíamos em uma hora, mas que não íamos demorar muito, eu queria voltar uma meia-noite pra casa. Mas nesse momento, quando olhei pro relógio, faltavam cinco minutos pras onze horas.

Então, aí vão pouquíssimas fotos do passeio de bicicleta. Primeiro lotou o cartão de memória e depois acabou a bateria. Fiz algumas fotos na câmera da Fla, e até filmei, mas é muito complicado reaprender a andar de bike e filmar/fotografar ao mesmo tempo, e eu parei depois que me machuquei de verdade. =P

As maiores lembranças que ficam desse dia são: o machucado onde eu me machuquei de verdade, a dor no bumbum de tanto sentar naquele assento masculino super desconfortável da bike do Willi, e a dor de garganta por não ter protegido meu pescoço enquanto pegava aquele vento um pouco fresco demais do verão europeu. =)

Aguardem os vídeos!

Beijos
Di