sexta-feira, 13 de maio de 2011

Ei! Psiu!

"Ei! psiu!", ouvi quando caminhava pela rua, rumo à parada de ônibus. Não costumo olhar quando fazem psiu, mais por achar que quem faz psiu e fiu fiu pra mulher na rua não espera de fato ser correspondido, do que por metidisse ou coisa do gênero. Mas quem chamava era uma mulher, então olhei pra verificar quem era. Uma desconhecida, se protegendo da chuva torrencial embaixo do toldo no portão da escola que tem na minha rua. Ela sorriu quando eu olhei e chamou de novo. "Ei! psiu! Dá uma carona?" Atravessei a rua para buscá-la. numa chuva tão grossa, nem meu guarda-chuva "tenda" nos impedia de ficar encharcadas da cintura pra baixo, mas já era melhor que nada. Deixei minha carona na porta do lugar a que se dirigia, e apesar de termos conversado um pouco, foi mais sobre a chuva, o trânsito e os guarda-chuvas, sem nos perguntamos nomes, nem profissões, nem estado civil nem nada. Ao chegar ao "destino" nos despedimos com "Obrigada" e "de nada" e eu ouvi um sincero "Deus te abençoe" que me fez sorrir.

Hoje à tarde, novamente a caminho da parada de ônibus, me escondia novamente da chuva torrencial debaixo de uma "tenda" que, por mais que tentasse, não conseguia impedir que eu ficasse encharcada da cintura pra baixo. Pensava na cena vivida há pelo menos uma semana, e pensava em descrevê-la no blog... Foi quando vi um senhor parado embaixo de um toldo, segurando duas panelas e com cara de quem planeja sair na chuva sem se molhar. Parei e ofereci: quer uma carona?

Foi assim que o levei sequinho da cintura pra cima, por nada menos que dez metros de distância, e de quebra fui abençoada pela segunda vez em poucos dias.

Em terra onde chuva torrencial é ritual diário, nada melhor que caronas gratuitas e gentilezas entre desconhecidos. Não duvide, Deus abençoa. :)

Um comentário:

Longe de casa a mais de uma semana...=D disse...

e eu sorrir lendo a sua história, singela e simples...
Gabi Di Paula :)