terça-feira, 28 de julho de 2009

Ela tá chegando! *_* '





E ela vem pra encher meus dias com isso tudo e muito mais. =) Vem! Vem! Vem Mama vem! (batam palmas)

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Ins Kino? Vor- und Nachteile



Cinema na Alemanha. Tem pra todos os gostos, com filmes novos e velhos, blockbusters ou nao, cinemas modernos, antigos e open air. Tem até cinema na piscina, na época do verao. Tem uns cinemas que em vez de fileiras, têm mesas e cadeiras como um restaurante, e servem comida, enquanto o filme rola. Bom, até agora só fui no Cinemaxx, e vou listar as vantagens (Vorteile) (fóataile) e as desvantagens (Nachteile) (nártaile) do dito cujo. Vou colocar tudo junto, e vocês decidem o que é bom e o que é ruim.

  1. o dia mais barato é terca-feira, quando o ingresso custa €5. Os outros dias sao €6, €7 e €8.
  2. quem é estudante ganha - incrível - UM EURO!! de desconto.
  3. cinema em Belém tem comercial antes do filme? Digo comercial mesmo, nao trailler. Acho que tem um ou dois, né? Bom, aqui tem 10 pra 15 minutos de comercial, e mais 10 minutos e trailler. Se pelo menos esse fator fizesse o ingresso ser mais barato...
  4. sempre que acabam os comerciais, a tela apaga e as luzes acendem, e sempre alguém diz "gut, Film zu Ende, wir können nach Hause." (ótimo, o filme acabou, vamos pra casa.)
  5. para filmes longos devemos pagar um euro a mais no ingresso.
  6. em filmes longos tem uma pausa de cinco a dez minutos, pra enfrentarmos a fila do banheiro e da bomboniére MAIS uma vez.
  7. poltronas SUPER confortáveis, contudo, entretanto, porém, sem aquele lugar estratégico pra colocar o refrigerante.
  8. imagem e som impecáveis.
  9. espaco suficiente entre a nossa perna e a poltrona da frente - nao precisamos levantar nem uma, nem duas vezes, quando a menina da última poltrona da fileira decide ir ao banheiro.
  10. Banheiros limpinhos e numerosos - um pra cada sala de cinema.
  11. A pipoca aqui é doce, com acúcar. Se quiser com sal, tem que especificar, com o risco de nem ter!
  12. Além da pipoca e do refrigerante, estao à venda também: nachos com três molhos diferentes, picolés e sorvetes, cerveja, vinho e até champagne.




=P

.

de dia lágrimas, à noite amantes. Lágrimas de diamantes...







a dor mente
mente formiga
mente dormente
pra dor, procuro a cura
pró-curo
procuro curar
procuro amigo, abrigo, asilo
pra velha dor amante minha
de noite e de dia
dia, di, diana
o dia mente
di amante
diamante

brilha e chora.







(brincando com as palavras amigas.)

terça-feira, 21 de julho de 2009

nostalgia à la carte

campanha aberta: leiam seus emails antigos!





Quatro anos atrás eu trabalhava em uma loja no Iguatemi, a Imaginarium. Faco propaganda mesmo, porque amo essa loja de paixao. <3

Conhecia muita gente e encontrava muita gente trabalhando lá. Um belo dia, aparece um moco (môSSo) pedindo uma T-shirt. Achei engracado ele falar assim, T-shirt, apesar de todo o resto da frase ter sido em português. Perguntei por quê. Descobri que ele era português, que estudava na Alemanha, e estava fazendo intercâmbio no Brasil. Recém-chegada no mundo da Germanística, me interessei logo pelo papo e contei que estudava alemao na Ufpa. Ele quis falar alemao comigo, há, mas quando, eu tinha feito só o primeiro nível, morri de vergonha e nem tentei. Mas peguei o contato dele na Alemanha, que ele escreveu com caneta bic num cartaozinho da loja.
Na mesma semana trocamos emails, ele me convidou pro aniversário/festa de despedida dele, que eu faltei, por pura vergonha de aparecer lá sozinha. Besteira minha, claro. Mas depois de uns emails, perdemos contato.

Até que semana passada eu resolvo puxar meus emails da minha antiga conta no yahoo para minha conta no Gmail, porque morro de preguica de checar os emails no yahoo, e até hoje tem gente que escreve pra lá (parem, por favor!!). A brincadeira deu no seguinte: o Gmail puxou absolutamente TODAS as mensagens do email do Yahoo, e o pior, todas como nao-lidas, de modo que eu fiquei com umas três mil mensagens nao-lidas no meu Gmail, e lá me pus a deletá-las/arquivá-las/lê-las etc. Achei umas boas pérolas. Alguns e-mails eu reli e respondi de novo, alguns eu encaminhei pro dono, pra lembramos juntos daquela época, outros eu li e só. E achei um do tal do português, onde ele dizia que já tinha percebido que os brasileiros sao furoes. =P Olha nossa fama, gente...

Resolvi escrever pra ele. Nao sabia se o endereco era o mesmo, nem se ele ia lembrar de mim, se ele ia me achar louca, e se achasse, e daí? Pagar mico eletrônico nao dói. No email eu perguntava se ele ainda estava vivo, se aquele ainda era o mesmo endereco, e se ele estava morando no Brasil, na Alemanha ou em Portugal. Dizia que estava morando, finalmente, na Alemanha, em Hamburgo, por um ano. Só.

Pouco tempo depois ele responde perguntando, "o que você está fazendo aqui em Hamburgo?" (notem o aqui.)
=O! OMG!

A vida é muito engracada, nao é??
Conheco o menino na minha cidade, furo com ele e quatro anos depois venho morar na mesma cidade que ele do outro lado do mundo, sem nem suspeitar que as coincidências nao param por aí.

No longo encontro de hoje, assunto nao faltou. Para mim, uma diversao. Para ele, uma nostalgia. Falamos de Belém, da Cairu, do Café Imaginário, da Pizza de Jambú, dos nossos enderecos antigos. Eu morava na Timbiras, entre Apinagés e Tupinambás. Ele morava duas ruas depois, na Sao Miguel, entre Apinagés e Tupinambás. Ele saía com a Terena, a Marília, amigas da namorada dele e dos meus amigos. Ele fazia Psicologia na Unama, numa turma que provavelmente foi a minha 2 anos antes. Os nossos professores eram os mesmos e a tia Andréa (Pontes) chegou a ir na casa dele pra jantar. Belém é incrível e cada vez mais me surpreende. E surpreendeu a Bianca também, que acompanhou a nossa noite de pizza e sorvete com direito a vista para o Alster.

Tudo bem, ele é português, ou seja, mais uma pessoa em Hamburgo que eu conheco, com a qual eu NAO vou falar alemao. Mas ele conhece pessoas alemas pra me apresentar, e mesmo se nao conhecesse, ele é tao legal que ter furado com ele quatro anos atrás valeu a pena, só pra que eu hoje tivesse uma história legal dessas pra contar. =D

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Berlin - Reloaded

"Fui à floresta porque queria viver intensamente. E sugar a essência da vida! Deixar de lado tudo o que nao era vida. E nao, ao morrer, descobrir que nao vivi."

Pois é, fui a Berlin porque queria viver intensamente. A idéia era chegar lá na sexta à noite, sair, voltar de madrugada, depois acordar, ver a cidade, sair no sábado à noite, voltar de madrugada, acordar no Domingo, ir a Potsdam e voltar Domingo à noite pra Hamburgo, pra só entao dormir direito, afinal de contas, dormir é para os fracos.
Bem, nao saiu tudo muito como o planejado.
Sexta, cinco da tarde, eu de mala pronta e arrumada esperando o Willi chegar pra poder sair correndo e pegar o trem das 17:24. Às 18h eu tinha que estar na Hauptbahnhof para encontrar uma tal de Kathi, que eu encontrei num site que é agência de caronas.

Falemos brevemente sobre esta agência.
Todos sabem que na Alemanha existe as famosas Autobahns, estradas que ligam as cidades do país inteiro e da Europa inteira, onde em vários trechos inexistem limites de velocidade. Assim, é prático e rápido chegar a qualquer lugar que você queira, de modo que uma viagem a Berlin tem a mesma duracao de uma "viagem" Belém-Salinas.
O preco da passagem de ônibus para Berlin, se você marcar com um mês de antecedência, pode sair por 9 euros. Isso se você tiver sorte, ou se nao estiver indo no verao. Mas nao era o meu caso, entao a outra alternativa seria o preco normal do ônibus, que é 26 euros o trecho. Ou entao de trem, que varia de 29 euros se você marcar com pelo menos três semanas de antecedência, a 60 euros, se você for de ICE, o trem-bala daqui.
Enfim, a alternativa mais barata seria 52 euros, Hamburgo-Berlin-Hamburgo de ônibus, viagem de no mínimo três horas e com chances grandes de companhias nao muito agradáveis.

Mas as melhores coisas da vida nao têm preco, e para todas as outras, existe a internet. Esta possibilita que encontremos pessoas que estao indo de carro para o mesmo lugar que nós, no mesmo horário que desejamos ir, e o melhor, sozinhas. Assim, elas oferecem lugar no carro delas por um preco simbólico, que na verdade é pra ajudar com a gasolina, essas coisas.

O preco máximo da carona pra Berlin é de 15 euros. Eu achei uma menina, Katharina, que dizia assim "de mulher para mulheres. Meu carro é um Ford Focus, com cinco anos de viagens sem acidentes. Sempre viajo a Berlin e já levei muitas pessoas de carona. Se estiver interessada, mande SMS ou email. As três primeiras vao comigo! Abracos, Kathi. :)". Assim, com sorrisinho e tudo! Achei uma fofa. E depois tinha um "PS: se três pessoas forem, fica mais barato!".
Liguei na mesma hora. Ela nao atendeu. Mandei email. "Oi Kathi, aqui é a Diana, eu gostaria muito de ir com você a Berlin. Ainda tem vaga? Meu telefone é... Obrigada!". E torci.
Pouco depois recebo a resposta dizendo "sim, ainda tem uma vaga! Fico feliz em levá-la! Vamos nos encontrar em... Meu carro é um Ford Focus Azul. Abracos, Kathi."
Ai, que emocao! Minha primeira carona!

Bom, cheguei no ponto de encontro meia hora antes. Esperei, esperei... Tava chovendo... Tinham mais pessoas ao meu redor que também pareciam esperar alguém. Perguntei pra uma senhora ao meu lado se ela ia pra Berlin. Ela disse num alemao muuuuito ruim que nao, que ia pra Frankfurt. Seis horas em ponto, vejo um carro azul. Era ela? Mandei mensagem "estou aqui!" e ela veio correndo na chuva, perguntando: "você é a Diana?"

Foi o início de três ótimas horas. No carro tinham mais duas meninas, uma de Berlin e a outra de Hamburgo. 25 e 24 anos, e a motorista tinha 23. Falamos só alemao, claro, eu zonzinha de tao rápido que elas falavam, e sem parar, mas foi só eu dizer que era do Brasil e choveu perguntas e comentários pro meu lado. A Kathi de 25 foi ao Brasil em Fevereiro, conheceu SP, RJ e Parati, e se apaixonou pelo país e pelas pessoas. A Kathi de 23 vai ao Brasil ano que vem e depois pras Olimpíadas, porque ela fez intercâmbio na Franca e conheceu quatro brasileiros de Fortaleza com quem fala até hoje. A de 24 cujo nome eu esqueci nunca foi ao Brasil mas foi a primeira a dizer "Cool!" quando eu disse que era de lá. E ela já foi Au Pair na Franca também, e agora tá escrevendo o TCC dela.

As três eram mais altas que eu, e falavam cheias de gírias, até aprendi algumas. A Kathi de 25 me convidou pra uma festa no Sábado, a estréia do apartamento de uns amigos dela em Berlin, que ela nem sabia se iam gostar de ela estar convidando gente assim pra festa deles...

Foi o máximo. Chegamos em Berlin num frio danado, e eu esperei umas duas horas na estacao, até a Paty chegar pra me buscar, só pra eu nao precisar comprar um ticket.
Chegamos na casa do Enrique, amigo da Paty que tá fazendo doutorado em Berlin. Jantamos, nos arrumamos e opa, comecou a chover. Pois é. Primeiro dia de saída já melou. Ficamos em casa, a Paty dormindo e nós três vendo "The Notebook" com um pacote de lencinhos na mao, até três da manha.

Sábado de Sol, hum, bem, nao. Sábado nublado, eu e a Arianna, a italiana, nos lancamos ao mundo pra descobrir Berlin com nossas próprias lentes. A cidade tem duas linhas de ônibus que passam exclusivamente pelos pontos turísticos, a linha 100 e a linha 200. As duas saem do mesmo lugar, o Zoologicher Garten. E se você comprar um Tagesticket, que é a passagem pro dia inteiro, e custa em torno de seis euros, você pode andar, claro, o dia inteiro, com qualquer meio de transporte público de Berlin, inclusive esses ônibus.

É ótimo, a gente vê um ponto interessante, desce, olha, tira foto, volta pra parada e pega o próximo ônibus, e desce no próximo ponto, e assim descobre Berlin sem nem precisar de mapa. Ou sim? Bom, um mapa ajuda, mas nao precisa necessariamente. O resultado foi que a gente andou a cidade quase toda, viu um montao de coisa, até pegou um solzinho, e se cansou pra caramba. No fim do dia estávamos as duas mortinhas e eu com uma enxaqueca sem nocao. Cheguei em casa e me joguei no colchao sem nem tirar o sapato, e antes de apagar, tomei uma neosaldina, e só fui abrir os olhos à uma da manha, quando a Arianna estava de pijamas indo dormir e a Patrícia e o Enrique já tinham ido pra farra. Blé. Perdi mais uma noite. E nem fui pra festa da Kathi...

Domingo. Acordei cedo. A Arianna já estava pronta pra sair. O dia estava lindo, o sol estava à toda, e ela nao queria perder nem um segundo. Confusoes à parte, pulemos pra parte interessante. Eu, a Paty e o Enrique embarcando num trem pra Potsdam, uma cidadezinha do lado de Berlin, famosa pelos seus castelos e Jardins seculares. Gente, é lindo!! Vale cada minuto. Perdemos um tempao descobrindo como chegar lá, mas a UMA hora que passamos lá valeu pelas fotos.
Depois de passear por entre as milhoes de estátuas e flores, voltamos a Berlin correndo, porque a minha carona de volta era às 19h em ponto. Desta vez nao foi tao divertido. Mas as pessoas no carro eram legais, apesar de termos passado as três horas e meia quase todas em silêncio. Eu estava cansada, na estrada choveu bastante, o rádio estava ligado, entao fomos cada um no seu mundo, trocando palavras aqui e ali, muitas das quais eu nao entendi muito bem, entao fiquei meio alheia a tudo.
Cheguei em casa às dez e meia, faminta, imunda e kapput.
Saldo: Por 12 euros de ida e 12 euros de volta, mais alguns euros no supermercado e outros em souvenires, ganhei quase quinhentas fotos, muita história pra contar e alguma experiência nos quesitos hitchhiking, backpacking e couchsurfing. =) Valeu, povo! =*


A Princesa Léia pendurada na minha mochila.

Bandeira da Alemanha, como uma tocha, em cima de mim.

Memorial do Holocausto.


Eu e Arianna ao sol. =)

Brandenburger Tor
Siegessäule
Reichstag
Schloss Sans Souci, Potsdam





quinta-feira, 2 de julho de 2009

Wir ♥ Brasilien

Último dia de curso. Saio de casa sem vontade alguma de assistir aula e me arrastando só porque é o último dia e eu nao quero perder. Gosto muito daquele povo, e saber que dificilmente vamos nos ver todos juntos de novo (nem hoje nos vimos) me deixa um pouco triste. Entao saí de casa disposta a assistir aula e depois sair com eles pra comer e beber alguma coisa.
A aula seguiu seu curso de sempre e eu nao me orgulho de dizer que apesar de nao ter estudado absolutamente nada nos últimos cinco dias, eu me saí muito bem. E na saída fomos eu, Manola e Givanna (as duas italianas) procurar um lugar legal pra elas matarem o que as matava. Entramos num lugar pertinho da estacao, que chama (fala como lê) "Omas Apotheke", farmácia da Vovó, que de farmácia nao tem nada, mas enfim... É um restaurante antigo com decoracao curiosa. Uns objetos do século passado ou retrasado, e vários pôsteres de cosméticos do mesmo século dos objetos, provavelmente. Muito legal.
Elas pediram cada uma um prato, e os dois estavam deliciosos apesar de imensos. Nem uma das duas conseguiu chegar ao final, e eu nao estava com fome entao só provei um pouquinho de cada. ^^
A Giovanna trabalha aqui no restaurante de uma prima, claro, restaurante italiano, e lá pelas tantas a prima e uma amiga da prima também chegaram, e sentaram conosco, e conversamos até mais de onze horas, uma conversa descontraída como há muito eu nao tinha com desconhecidos.
A Roberta (a prima) mora em Hamburgo há muitos anos e fala italiano, inglês, alemao e espanhol, e um pouquinho-inho de português.
Ela me contou que é apaixonada por Bossa Nova, e que há muitos anos ela viu aqui (!!) em Hamburgo um show da Bebel Gilberto!!! Que ela tem todos os CDs e é superfä. Convidei ela pra assistir o Gilberto Gil comigo (vai ter Gilberto Gil aqui dia 20 de Julho!!) e ela super empolgou, mas infelizmente elas vao estar na Itália no dia... =/
Ela falou também de uma amiga que ela tinha que era italiana, casada com o cônsule do Brasil aqui, ou algo assim, e ele falava muito bem italiano, "mas com aquele lindo sotaque brasileiro, delicioso!"
Há! Achei lindo, ela toda apaixonada pelo meu país e pelo meu idioma, e pela música quase esquecida pela grande maioria no Brasil... É por essas e por muitas outras que eu volto, sim, eu volto.

\o/