segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Três Pulinhos

- Por que você não toma banho de mar?
- Tenho medo.
- Medo de se afogar?
- Não sei... Medo da imensidão, eu acho. É muito imenso...

Tem gente que tem medo de barata. Tem quem tenha medo de aranha - daquelas pequeninas, que parecem uma formiga grande. Tem quem tenha medo de fogo, de água, de ladrão, de escuro, de errar, de ter filho, de ficar só.

Cada um com seus medos, e eu com os meus. Não tenho muito medo de bicho. Tenho nojo de alguns, agonia de outros, mas medo mesmo, só de uns poucos - e eles são lindos. Não me importo de ficar só, o problema é quando me sinto só... Não suporto água fria. Encaro o escuro meio insegura, e encaro ladrão, principalmente se tiver que proteger os meus. Sempre gostei de brincar com fogo, e quero muito ter filho - mas não agora.

Odeio errar como qualquer pessoa metida a perfeccionista.

Tenho medo do mar.
Não sei se foi por conta de um quase-afogamento em Mosqueiro quando eu era criança - e lá era praia de rio. Não sei se é frescura ou invenção da minha cabeça. Mas já tem uns anos que o medo vem se instalando e crescendo dentro de mim, e eu tento disfarçar, mas não consigo muito não. Nado em piscina, em lago e em igarapé: desde que eu veja o fundo e desde que eu tenha onde me segurar se for muito fundo. Não vou sem medo, mas vou. Mas pra entrar no mar, ultimamente, tem sido uma luta.

Fui pra Salinas ontem, com meu namorado. Estava ansiosa pela praia, pelo sol, pelo bronzeado, pela água do mar nos meus pés... E já me preparava psicologicamente pra tomar aquele banho - e esperava que fosse agarrada no Felipe.

O problema é que éramos só nós dois, e estamos no Brasil, onde deixar o carro aberto, com todas as suas coisas, sozinho, e se jogar no mar, mesmo numa praia quase vazia, é meio maluco. Por isso tiramos o alarme da chave do carro, trancamos tudo e fomos nadar.

Chegando na água, não quis entrar. A areia estava coberta de argila e a gente escorregava dentro d'água. A argila deixava a água ainda mais turva, e ainda se acumulavam folhas e algas nos primeiros passos pra dentro do mar. Não se via nada, e só a idéia de sair daquela água coberta de folhas pretas me fazia querer sair correndo.

O Felipe tentou. Me segurou, tentou me convencer, brincou e desistiu. Acabos ficando pelo rasinho, com a água até o joelho, sujando um ao outro de argila cinza e se jogando água.
E nessa brincadeira, lá pelas tantas a chave escapuliu e caiu. Dentro do mar. Numa água turva, suja e agitada.

Imediatamente, todo o meu nojo e todo o meu medo sumiram, para dar lugar ao desespero. Nem pensei duas vezes: São Longuinho, São Longuinho, se você me ajudar a achar a chave eu dou três pulinhos! Me joguei de joelhos na água e revirei as folhas às cegas, com as duas mãos, procurando a chave do carro, que, lembrando: estava trancado, com todas as nossas coisas dentro, estacionado no meio da praia quase vazia.

A imensidão.
A imensidão de água que conecta cidades, estados, países, continentes inteiros. Que apaga vestígios, que engole navios, aviões, carros, pessoas, anéis e chaves. Uma imensidão tão imensa, que vive em movimento, que sobe aos céus e cai na chuva, que traz o vento e leva tudo.
E que traz tudo de volta.

Eu não tinha esperanças de achar aquela chave, mas pedi pro Felipe continuar procurando, e ele continuou, persistente, junto a dois homens que vieram ajudar, mesmo depois de eu ter desistido da idéia e ter ido buscar outras soluções.
E, em uma hora, que na verdade só durou pouco mais de 10 minutos, ele sentiu, sem enxergar, uma chave de carro no fundo da água, em cima da areia, em meio às folhas e às algas escuras.

- Só falta saber se é essa chave mesmo!

Impossível! Mesmo uma agulha pode ser achada em meio ao palheiro, mesmo um camelo pode passar por um buraco de agulha, até mesmo um homem rico pode entrar para o reino dos céus. Nada é tão impossível, quando se tem a fé, a perseverança e a persistência necessárias.






Pula! Pula! Pula!

Obrigada, São Longuinho, mais uma vez. E desculpa a trabalheira que a gente te deu.
Talvez um dia eu peça pro Senhor achar a minha coragem de mergulhar na imensidão, mesmo sem ter onde me segurar.







"Perdi meu anel no mar
Não pude mais encontrar
O mar trouxe uma concha de presente pra me dar.
Será que foi parar na goela da baleia
Ou será que foi parar no dedo da sereia
Ou quem sabe, o pescador
Pescou o anel e deu pro seu amor..."

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Lucy in the Sky

with Dianamond


Lucy e Diana no avião de volta pra casa. Não existem coincidências, mas se existissem, essa seria das grandes. =)

Quero te visitar na Alemanha ano que vem, viu mocinha?
=*

terça-feira, 15 de novembro de 2011

MASP



Sometimes the simplest ideas can turn into the best art exhibits ever.
And sometimes simple ideas become the best inspiration source ever.

Do dare it!

Combu

E é essa imensidão de verde, de água, de gente, de bicho e de formas que faz o mundo valer a pena.












Welcome to the real world, Neo.

E, de repente, outro mês veio e se foi: Outubro. E o outro que veio depois dele já está na metade.

Novas metas.

Nov
os planos. Novos medos. Novas esperanças. Novembro.

O que fazer quando o que você pediu pra acontecer de fato acontece? Agradecer? Fazer um novo pedido? Lutar pra que seu pedido se torne de fato realidade? Lutar pra que seu pedido se torne de fato o que você quer?

É tão engraçada essa coisa da indecisão... A Adriana Falcão definiu "indecisão" assim:

"Indecisão é quando você sabe exatamente o que quer, mas acha que deveria querer outra coisa."

Como saber o que é o que se quer e o que é a outra coisa? Só se conhecendo muito bem, viu...
E como eu só sei que nada sei, continuo nas minhas Novidades de Novembro.

Ano que vem serão mais algumas viagens: umas longas, outras mais longas ainda. Só tenho uma certeza: sei quem eu queria ao meu lado... (Torcendo pra que esse pedido também se torne realidade.)




"Você já percebeu que, no decorrer da vida de uma pessoa, ela tem três pedidos realizados por uma Fada?" (Michael Ende)

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

o tempo vai dizer, lento, que virá...

Perdida entre editais, planos de aula, projetos-patrocínio e contas a pagar.

Já se foi mais de um mês. Um mês que já se parece com um semestre, tudo culpa desse tempo brincalhão que nos engana com seus truques.
Já deu pra tudo acontecer. Voltar a trabalhar, inventar novas formas de trabalhar, concorrer a dois novos empregos e ganhar um deles. Planejar a próxima viagem, comprar a passagem e defazer as malas da última aventura. Distribuir os presentes, mostrar as fotos, falar com quem ficou lá do outro lado do mundo, falar com quem tinha ficado deste lado aqui. Já deu tempo de ler três livros, ver cinco filmes, dois deles no cinema. Já deu tempo de conseguir patrocínio do cinema para o próximo projeto do Grupo Colorindo Sonhos. Já deu tempo de trabalhar 24/7 para o Grupo Colorindo Sonhos, para os três empregos, para o edital, para a venda de livros, para mim mesma. Já deu tempo de brigar com o namorado, ficar de mau humor, fazer as pazes com o namorado e ficar de bem com a vida. Já deu tempo de fazer duas provas da especialização, porque uma estava atrasada por conta da viagem longa. Estudar pra primeira prova, estudar pra segunda prova, estudar pra terceira que vai acontecer nesta semana. Tomar café, almoçar e jantar, e escovar os dentes após as refeições. Já deu pra ter dor de dente insuportável, de visitar o dentista cinco vezes, com a última visita marcada para a próxima quarta-feira. Já deu pra chorar os dramas da família, pra chorar os dramas do Patrick Swayze em A Última Dança, pra sorrir a vitória do Homem do Futuro e pra comemorar a vitória da minha irmã na seleção de bolsas de intercâmbio. (Opa, isso ainda não deu tempo de acontecer, não...) Já deu pra ouvir a comemoração da vitória do Brasil no jogo contra a Argentina, em versão inédita no Estádio do Mangueirão... Deu pra ouvir o jogo inteiro pela janela, com as televisões e rádios em uníssono ressoando na madrugada... Deu pra cuidar da minha mãe quando ela adoeceu, e pra ver a minha irmã de alma no Rio de Janeiro, e pra almoçar com meu primo e com a Raquel, e pra receber deles uma cesta de café da manhã no aeroporto, e pra conhecer os tios, tias, primos, avós, papagaio e periquito do meu namorado, em Niterói. Deu pra ver um stand-up e quase morrer de rir, pra jogar "entrevista", e "a cidade dorme", e baralho, e passar a noite acordado jogando e falando sobre a vida...
Um mês parece pouco. Mas já deu tempo de acontecer tanta coisa, que o tempo tá é certo em fingir que é maior do que de fato é. Quanto mais, melhor, e ele sempre nos dá mais, quando queremos.
Esse tempo, viu... Vou te contar.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Dicky Camilina Barcelona


O tempo de Barcelona também é muito diferente do de Lisboa. Todos os dias em Lisboa passaram mais devagar do que eu esperava. Sempre que eu achava que era uma hora, era uma outra muito antes. Era até engraçado... Eu não tinha pressa, fui turista do jeito que eu gosto de ser, tomei banho depois de tomar café da manhã bem longo, café e banho longos, me arrumei com calma, saí com calma, sempre passeamos devagar, prestando atenção em tudo, fotografando e comentando cada detalhe, sem pressa. Nem olhávamos no relógio.

Em Barcelona, não. Sempre era mais tarde do que imaginávamos, a ponto de, uma noite, eu e Camila sairmos andando pela orla conversando sobre a vida, e acabar andando muito longe e precisar voltar andando muito longe também, até a estação de metrô. E quando nos perguntamos que horas seriam, olhamos e o relógio apontava duas em ponto. Zero-zero! Sempre saíamos cada vez mais tarde do Hostel e voltávamos cada vez mais tarde também.
Mas, ao contrário do que se possa imaginar, esse não foi um aso de tempo relativo de acordo com alegria ou tédio. Amei tudo nas duas cidades, aproveitei tudo nas duas cidades. Mas são duas energias diferentes, e o sentimento - e portanto o tempo - também. Estranho, né?
Posso estar maluca porque esse assunto é o principal assunto do livro que eu tô lendo agora (tempo). Mas é verdade... Cada pessoa, diz o livro, tem seu próprio tempo - em muitos aspectos, não só na quantidade. E eu acho que com cada cidade é diferente também.

E porque Barcelona é uma energia vibrante, jovem, alegre e colorida, as fotos saíram assim também. E porque Lisboa é antiga, nostálgica, calma e saudosa, resolvi juntar as características de uma e de outra, e misturar os adjetivos nas fotos que se seguem.

Fotos de Barcelona com gostinho de passado.

Primeira noite: passeio na praia de Vila Olímpica.

Segundo dia: Parc Güel com recadinho amigável dos nativos.


Segunda noite: o charme e as luzes das Ramblas, avenida mais badalada da cidade.

Terceiro dia: Caminhada pela ciclovia rumo ao Arco do Triunfo.
Terceira noite: Fiesta de Gracía. Música boa, gente feliz e uma decoração pra lá de inusitada.
Quarto dia: Viagem de trem até Vilassar de Mar, uma das praias afastadas do centro, mais lindas, mais calmas e absolutamente deliciosas.


terça-feira, 16 de agosto de 2011

Túnel do Tempo

Aeroporto de Liboa, 12 de Agosto de 2011

[...] poucas coisas por aqui são de fato normais, ao menos pros nossos padrões. Só um exemplo: ontem fui cortar o cabeo. Sentei na cadeira em frente ao espelho, depois de passar um tempo de molho no tanque, e aí o cabelereiro virou minha cadeira e disse: Podes te levantar, por favor?" [...] E aí eu levantei, ele pegou um pente e uma máquina (daquelas de cortar cabelo de homem) e cortou meu cabelo. Em pé. Eu estava em pé! E em dois minutos tava pronto, ele nem usou tesoura.
[...] É uma terra maluca, mas é linda, linda, linda... A cidade é toda uma mistura de Santa Teresa (Rio), São Luís, Ouro Preto e... Lisboa. Andando pelas ruas, várias vezes me peguei sem a mínima idéia de em que parte do mundo eu tava! Foi tipo um branco, eu de repente não sabia mais onde eu tava, e tinha que fazer esforço pra lembrar que eu tava em Lisboa. Isso nunca tinha acontecido!! A não ser, claro, naqueles primeiros instantes, quando a gente acorda. Sabes?
Então. A cidade é cheia de ladeiras, becos e avenidas, mistura asfalto e paralelepípedos, shoppings e aquelas vendinhas de mil novecentos e antigamente.
Tem a parte nova da cidade, mas eu não fui lá.
Por isso pra mim, de um modo geral, parecia que a cidade tinha parado no tempo... E a impressão que dá é de uma volta ao passado, um passado que eu nem conheci. Os nomes das ruas são os melhores!
Rua da Bica do Sapato. Rua Calçada Bonita da Praia Seca (ou algo assim). [...] Rua das Pretas. Ali perto da rua das pretas eu achei uma pichação no muro: "pretos fora". (E depois vi uma praça onde tinha uma inscrição, em todas as línguas: Lisboa, cidade da tolerância.)
Aqui tem pichação por todo lado. Algumas bonitas, outras feias, outras normais [..]. Os grafites geralmente são excelentes. Em toda parte tem frases, mensagens, às vezes ofensivas, às vezes poéticas. Achei ontem um stêncil de coraçõezinhos. E outro onde se lia "aqui podia morar gente", na parede de casa abandonada caindo aos pedaços.
A pobreza é visível... Muito estrangeiro, muito brasileiro. Muito, muito turista. Os bondinhos antigos só andam lotados. Os ônibus nem tanto.
Comi pastel de Belem em Belém, perto da torre de Belém, que fica na beira de um rio que, infelizmente, fica muuuito longe da Baía do Guajará... O Nilson Chaves cantou que "os rios da minha aldeia são maiores que o de Fernando Pessoa" - e é verdade, mas nenhum é tão azul quanto o rio Tejo...
Na Alfama (um bairro antigo), em meio às casas com roupas penduradas embaixo da janela, em toda esquina tem um restaurantezinho, pra sentar embaixo das bandeirinhas e luzinhas amarelas (resquícios das Festas Juninas), tomar sangria de vinho branco (deliciosa!) e comer sardinha (eca!).
Ou então pra sentar na mesa de uma casa de Fado, onde Fado tem hora pra começar e acabar, e passar 40 minutos morrendo de calor, porque na hora do Fado eles fecham tudo, trancam as portas e apagam as luzes, e tudo que resta é a luz das velas, o som das guitarras portuguesas, o canto triste dos fadistas e a sangria pra aliviar a sede.
Fado é lindo. Guitarra portuguesa é celestial... Comprei um CD do cara considerado o melhor de todos os tempos na tal guitarra. O apelido dele era "o homem dos mil dedos". Ouvindo a música, a gente acha que tem duas guitarras ou mais tocando, mas só tem uma. [!!!]
A vontade que dá é de ficar aqui uns meses, só pra passear pelas ruas inclinadas, descobrir cantinhos escondidos e provar as delícias que encontramos pelo caminho. Bom, quatro dias não são uns meses, mas foi bom mesmo assim.
Agora é a vez de Barcelona nos encantar com seus detalhes. =)
O avião chegou: hora de embarcar!
Barcelona, cá vamos nós!!



Comendo O pastel de Belém

Não disse que eles não são normais? (eu amei esse livro!!!)

Fonte pra refrescar...

Torre de Belém

Pegando um vento...

Bondinho antigo.

Torre de Belém

Melhor sorvete!!

As ruas aqui têm esses nomes super básicos.

ídolo Fernando Pessoa

a melhor Sangria de Vinho Branco

Casa de Fado

Mensagem na frente de uma casa. Reza a lenda que a dona estava muito doente, e muitas pessoas deixaram flores na porta dela, e ela mandou fazer esses azulejos para agradecer.

Mensagens ótimas espalhadas pela cidade...

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Soube-te bem?
















datada em Lisboa, a 09 de Agosto de 2011.
Raparigas e raparigos,


Estou aqui a tomar pequeno almoço numa casinha linda de frente pro Rio Tejo, próximo ao cais do porto e da estação de comboio "Santa Apolónia". Meu pequeno almoço é cereal com leite meio gordo e iogurte de pina colada da marca Pingo Doce, nome do supermercado que tem como lema "sabe bem pagar tão pouco!". O supermercado fica ao lado de uma loja de produtos para mamá e bebé, e pra quem não sabe aqui bebé faz cocó. =P E tudo isso fica dentro da estaçãoo de metro (e se lê métro mesmo, que nem a medida.)


Lisboa é giro. Tem a parte alta e a parte baixa, e um elevador conectando as duas. O elevador é ponto turístico... A parte baixa se chama "baixa". E a parte alta se chama "bairro alto". Tem carreiras muito boas de autocarro, pra casa da Camila pegamos a carreira 794. E no caminho tem uma paragem que chama "rua da bica do sapato". Ontem fomos a um festival de Fado, vimos a cantora de Fado mais famosa daqui, a Ana Moura. Eu nunca vi tanta gente em pé dançando ao som de uma música tão triste. É lindo, mas é triste... E quando eu falo dançando, é tipo dançando mesmo. Dançando, mexendo a perna e o bumbum pra lá e pra cá, como no carnaval. Mas que fado é lindo, é. E a Ana Moura canta super bem.


O sol tá queimando de com força, e meu protetor solar de rosto venceu, preciso de um novo. Mas à noite fez um friozinho, muito muito agradável. Hoje vamos almoçar fazendo picnic no parque: eu, a Camila e o Mateus, namorado dela. Mas não vai ser carne de vaca, vai ser frango mesmo, com molho de tomate que nós fizemos ontem. Gente, pensem em tomates lindos, vermelhinhos, suculentos e gostosos. E isso sou eu falando. Os tomates souberam-me bem. =P


Pois.


A viagem também soube-me bem, só tinha uma portuguesa ao meu lado que era no mínimo engraçada. Passamos a viagem conversando, ela falando da vida dela, dos problemas dela, dós sonhos dela, dos amigos online que ela tem, o melhor amigo dela mora em Natal, e os cantores favoritos dela são: Vanessa Camargo, Sandy e Junior e Ivete Sangalo. E quando ela ouve música no celular ela se empolga, e dança, e canta alto, e bate palma, ela disse que não tem vergonha não. Eu me deixei contagiar um pouco com a sem-vergonhisse e cantei com ela super empolgada "mais que uma história pra viver, o tempo parece dizer, não não me deixe maaaaaaaais...." e "poeiraaaaaaaaaaaa poeiraaaaaaaaa..." etc.


Foi giro. ^^
Saudades de vocês!
Mandem beijos a todos e aguardem notícias e fotos dessa terra maluca. =)
amo-vos,
Di


domingo, 7 de agosto de 2011

Sobre viajar sozinha.

- Vantagens:
. é mais fácil encontrar lugar no trem pra uma pessoa que pra duas ou mais pessoas (juntas).

- Desvantagens:
. ter que carregar todas as malas e sacolas sozinha
. ter que carregar todas as malas e sacolas sozinha enquanto procura vaga no trem
. ter que carregar todas as malas e sacolas sozinha, enquanto tenta comprar comida na padaria da estação.
. ter que carregar todas as malas e sacolas sozinha enquanto procura um banheiro na estação
. não poder ir no banheiro porque precisa cuidar das malas
. ter que carregar todas as malas e sacolas sozinha escada acima e escada abaixo, e ainda por cima correndo, pra não perder a conexão
. ter que colocar sozinha todas as malas e sacolas na prateleira de malas do trem, porque ninguém te oferece ajuda
. ter que comprar a comida pra viagem, pagar sozinha e comer sozinha.
. ter que se contentar com seu iPod e sua penca de livros pra passar o tempo (que pode ser bem longo)
. ter que se contentar com seu caderninho de viagem pra comentar as paisagens da janela
. ter que se contentar com seu casaco embrulhadinho embaixo do pescoço, quando quiser descansar a cabeça, porque o estranho sentado ao seu lado nem sequer te deu bom dia, então ele com certeza não vai querer te emprestar um ombro amigo.

=P

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Wörthersee

Depois do pseudo-verão da Alemanha, nada melhor que curtir o pequeno paraíso austríaco que é Pörtschach, nesses dias quentes, com algumas das minhas pessoas preferidas. Teve de tudo:

- Andar na Orla do lago à noite, sem casaco!!
- Tomar sorvete todo dia;
- Contar estrelas, caminhando pro hotel;
- Subir montanha;
- Visitar um castelinho que mistura Mario 64 (a fase do castelinho!) com Harry Potter (e o torneio de quadribol!)
- Ver lá de cima a galera descendo de Paragliding, na paisagem mais bonita;
- Show de pássaros caçadores mega impressionante;
- Passar o dia deitada ao sol ou nadando na água mais limpa, azul e linda que eu já vi na vida;
- etc.

Bom, como nem tudo é perfeito, também rolou picada de abelha (que ainda não sarou, depois de dois dias), biquini caro e feio demais, dor de barriga e noites mal-dormidas (porque o Luca sonha todo dia que tá no meio de uma luta-livre).

Mas tudo valeu, cada segundo com eles, com minhas meninas (cada dia mais lindas), com a chance de viver mais um pouquinho do melhor ano da minha vida. =D

Confiram as fotos!
Beijos,
Di.

E eis que as montanhas voltam à paisagem...

... de carona, no caminho pra Villach! (onde o Willi foi me buscar)

...e ao chegar em Pörtschach (hotel)...

... fui recebida com essa paisagem chata.

...e por essas pessoas feias. =)

...e visões interessantes...

... tipo esse castelinho no topo da montanha...

(aqui somos nós dentro do castelinho)

... no topo do castelinho tem uma arquibancada de quadribol...

... e poleiros para aves de caça.
(Mas eu tenho certeza que eles têm um correio de corujas em algum lugar.)

Olha aí a irmã da Edwiges!

Essa aí chegou voando! =O

Mais algumas fotos...
E tchau, castelinho.

Hora de nadar!! (e tomar sorvete, e pegar sol, e...)