sábado, 10 de março de 2012

Poema de metrô

E apesar da brisa gelada
E do frio provocante
E dos carros em rasante
E da água que subia
E apesar da calmaria
E dos becos tão desertos
E dos braços descobertos
E da noite que caia
E do corpo que doía
E do medo, e do grito
Veio um cheiro de eucalipto
Relembrar a minha infância
Me vi de novo criança
Destemida e medrosa
Época deliciosa
Descobertas, esperança
Foi assim, numa lembrança
Que, enfim, morri em paz.

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