No carro, eu e ele, indo pra casa. Eu com a minha mania de olhar placas de carro e descobrir significados, me deparo com a placa do carro em frente ao nosso e caio na gargalhada. Qualquer um que olhasse acharia que eu estava rindo do "69" duplo, mas ele não. Ele entendeu que não era só isso. É tão bom não precisar explicar tudo o tempo inteiro...
No cinema, vendo a Alice, ele começa: "o gato é aquele cara que canta uma música ridícula naquele filme que você gosta". Como eu não reconheci?? "É?", perguntei, e ele "você sabe de quem eu tô falando?"... claro que sei. Com uma descrição dessas, como eu não saberia? Ele riu. A gente se entende, mesmo. E continuamos a brincadeira-nerd-preferida (ou uma das): adivinhar os atores que dublam os desenhos animados.
Antes de dormir falávamos de fulana, uma amiga em comum (raros não o são), e de repente ele pergunta, a ciclana ainda está na Ufpa? Nada a ver fulana com ciclana, por que ele lembrou dela? "As duas usam o sutiã do mesmo jeito..." Ah, tá, entendi.
Nos livros, nos filmes, nas músicas, ele aprendeu como a minha mente funciona: embaraçada, emaranhada, uma coisa liga a outra que leva a uma terceira, e pula pra quinta e sai em disparada. E não é que aprendeu a fazer isso também?
Vantagens da famosa pergunta que permeia inícios de namoro: "o que você está pensando?" Um dia paramos de perguntar. Uns param porque já não se interessam mais. Nós paramos porque agora conseguimos adivinhar.
Um comentário:
Vocês são uns lindos, isso sim!
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