sexta-feira, 30 de setembro de 2011

o tempo vai dizer, lento, que virá...

Perdida entre editais, planos de aula, projetos-patrocínio e contas a pagar.

Já se foi mais de um mês. Um mês que já se parece com um semestre, tudo culpa desse tempo brincalhão que nos engana com seus truques.
Já deu pra tudo acontecer. Voltar a trabalhar, inventar novas formas de trabalhar, concorrer a dois novos empregos e ganhar um deles. Planejar a próxima viagem, comprar a passagem e defazer as malas da última aventura. Distribuir os presentes, mostrar as fotos, falar com quem ficou lá do outro lado do mundo, falar com quem tinha ficado deste lado aqui. Já deu tempo de ler três livros, ver cinco filmes, dois deles no cinema. Já deu tempo de conseguir patrocínio do cinema para o próximo projeto do Grupo Colorindo Sonhos. Já deu tempo de trabalhar 24/7 para o Grupo Colorindo Sonhos, para os três empregos, para o edital, para a venda de livros, para mim mesma. Já deu tempo de brigar com o namorado, ficar de mau humor, fazer as pazes com o namorado e ficar de bem com a vida. Já deu tempo de fazer duas provas da especialização, porque uma estava atrasada por conta da viagem longa. Estudar pra primeira prova, estudar pra segunda prova, estudar pra terceira que vai acontecer nesta semana. Tomar café, almoçar e jantar, e escovar os dentes após as refeições. Já deu pra ter dor de dente insuportável, de visitar o dentista cinco vezes, com a última visita marcada para a próxima quarta-feira. Já deu pra chorar os dramas da família, pra chorar os dramas do Patrick Swayze em A Última Dança, pra sorrir a vitória do Homem do Futuro e pra comemorar a vitória da minha irmã na seleção de bolsas de intercâmbio. (Opa, isso ainda não deu tempo de acontecer, não...) Já deu pra ouvir a comemoração da vitória do Brasil no jogo contra a Argentina, em versão inédita no Estádio do Mangueirão... Deu pra ouvir o jogo inteiro pela janela, com as televisões e rádios em uníssono ressoando na madrugada... Deu pra cuidar da minha mãe quando ela adoeceu, e pra ver a minha irmã de alma no Rio de Janeiro, e pra almoçar com meu primo e com a Raquel, e pra receber deles uma cesta de café da manhã no aeroporto, e pra conhecer os tios, tias, primos, avós, papagaio e periquito do meu namorado, em Niterói. Deu pra ver um stand-up e quase morrer de rir, pra jogar "entrevista", e "a cidade dorme", e baralho, e passar a noite acordado jogando e falando sobre a vida...
Um mês parece pouco. Mas já deu tempo de acontecer tanta coisa, que o tempo tá é certo em fingir que é maior do que de fato é. Quanto mais, melhor, e ele sempre nos dá mais, quando queremos.
Esse tempo, viu... Vou te contar.

Nenhum comentário: