Acabei de achar um celular bonzão dando sopa no chão da sala de embarque. Que engraçado que é o sentimento... Não sabia o que fazer! Fiquei em pé com o celular na mão, olhando ao redor, procurando o dono... Como se ele fosse estar sentado a dois metros de distância do celular caído no chão, ou andando pelo salão à procura da capa de couro preto... Há. Sentei e coloquei o bichinho na cadeira do lado, pensando no que fazer.
Minhas opções eram:
1- entregar a alguém no aeroporto, um funcionário, e contar a história, sabendo do risco de o dono nunca mais ver seu aparelho novamente.
2- Xeretar nos contatos e nas últimas chamadas, e ligar pra alguém próximo do dono e descobrir pra onde mandar o aparelho perdido. Claro que aí tem o risco de o dono te achar xeretando no celular dele, o que não é nada agradável...
3- Deixar ele ali mesmo, talvez o dono volte depois, talvez apareça outro dono, sei lá...
4- Ser o próximo dono (amo) do gênio da lâmpada e pronto.
Era um celular daqueles Blackberries com internet, chamadas internacionais quase de graça etc. Bom, ainda assim me decidi pela opção nº2 e, se não obtivesse sucesso, pularia para a nº4. E foi assim: me bati pra destravar o aparelhinho, que era muito tecnológico pra o que eu tô acostumada. O nome do cara estava logo na tela de fundo, mas isso não me ajuda muito... Fui pras últimas ligações, e não era nenhum nome, era alguma coisa com "kind", e eu pensei, ótimo, posso falar em alemão! Mas do lado estava escrito "(PO)", o que podia significar Polônia, e não seria nada bom, só sei falar palavrão em polonês... esolvi tentar a lista de contatos, mas tava tudo em francês, e eu tava lá me batendo com meu novo brinquedinho, um Blackberry usado com mil informações em francês de alguém desconhecido, quando o tal alguém aparece atrás do meu ombro e diz "Oh... I think that's... that's mine!" Blé.
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