segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Paris - Parte II

Continuei minhas andancas pela cidade da luz, desta vez sem a minha fiel escudeira. Cheguei na Estacao da Cité (de metrô) e saí à procura do prédio deslumbrante. Para minha surpresa, todos o eram. Eu estava perdida. Morrendo de frio e de fome (já passava muito da hora do almoco), saí rodando sem rumo, esperando (esperancosamente) esbarrar na catedral a qualquer momento.
Entrei em um Café procurando um banheiro. Meus pés doíam do calcado duro. Olhei os precos: ohmygod. Ao lado do Café tinha uma barraquinha que vendia Crèpes. Pedi um em inglês, perguntando onde tinha um lugar quentinho onde eu pudesse sentar e comer. O cara quase riu de mim.
Continuei procurando mesmo assim. No metrô nao tinha lugar pra sentar, e nem era tao quentinho quanto eu esperava que fosse... Tudo que eu achei foi uma vendinha de coisas pro frio (chapéus, luvas, cachecóis), com um cara que falava um inglês mais ou menos e que riu do meu nariz de tomate. Tomate congelado seria a comparacao certa.
Comprei um chapéu e uma scarf roxa, 10 euros cada. E saí à procura do meu abrigo. Eu nao queria pegar o metrô só pra comer, porque queria ver a Notre Dame.
Entao saí, rodei, rodei, perguntei, ih, tá longe. Encontrei. Queria ter sentido menos frio.
Todos os lugares pelos quais eu passei enquanto procurava a Notre Dame eram fotografias em potencial. Totalmente lindíssimos...
Mas acabei fotografando só a Igreja por dentro e por fora, e algumas coisas ao redor, quando sentei no banquinho gelado que tinha na praca da Igreja, para comer meu Crèpe con-gelado e tomar meu 7up.
Notre Dame era majestosa e impressionante, mas eu nao vi direito e confesso que nao gostei muito do clima. Acho que foi pela quantidade de turistas e de barulho.
Sentei lá dentro, me aqueci um pouquinho, tirei minhas fotos e fui embora.
Voltei pro aeroporto congelada e um pouco decepcionada por estar desistindo tao cedo. Tinha esperancas de encontrar lojas no aeroporto onde eu pudesse comprar um casaco melhor, uma luva melhor, uma meia melhor... Mas as lojas do aeroporto ficam todas dentro da sala de embarque e de desembarque, por algum motivo estúpido que desconheco.
No aeroporto, tudo que fiz foi andar em vao, machucando meu pé, ir ao banheiro (50 centavos de euro a cada vez), comer e tentar dormir. Eram 18h quando cheguei lá depois do meu "tour". Eram 15h30 do outro dia, quando entrei no aviao para Hamburgo, exausta, dolorida, fedorenta e ansiosa.
Estava me sentindo o próprio Tom Hanks no filme O Terminal.

(to be continued...)

Nenhum comentário: